domingo, 24 de novembro de 2013

Rumpelstichen

Rumpelstiltskin é o personagem homônimo e principal antagonista de um conto de fadas originado na Alemanha (onde ele é conhecido como Rumpelstilzchen). O conto foi coletado pelos Irmãos Grimm, que inicialmente publicaram na edição de 1812 de Children's and Household Tales (Contos para a infância e para o lar), sendo revisado em edições posteriores.

História

Para impressionar o Rei , com o objetivo de fazer o príncipe casar com a sua filha, um moleiro bastante pobre mente e diz que ela é capaz de fiar palha e transforma-la em ouro. O Rei chama a moça, fecha-a numa torre com palha e uma roda de fiar, e exige-lhe que transforme a palha em ouro até de manhã, durante três noites, ou será executada. Algumas versões dizem que, se ela falhasse, seria empalada e depois cortada em pedaços como um porco, enquanto outras não são tão trágicas e dizem que a moça ficaria fechada na torre para sempre. Ela já tinha perdido toda a esperança, quando aparece um duende no quarto e transforma toda a palha em ouro em troca do seu colar; na noite seguinte, pede-lhe o seu anel. Na terceira noite, quando ela não tinha nada para lhe dar, o duende cumpre a sua função em troca do primeiro filho que a moça desse à luz.
O Rei fica tão impressionado que decide se casar com ela, mas quando nasce o primeiro filho do casal, o duende regressa para reclamar o seu pagamento: "Agora dá-me o que me prometeste". A Rainha ficou assustada e ofereceu-lhe toda a sua riqueza, se este a deixasse ficar com a criança. O duende recusa, mas por fim aceita desistir da sua exigência, mas cria outra: se a Rainha conseguisse adivinhar o seu nome em três dias. No primeiro dia, ela falhou, mas antes da segunda noite, o seu mensageiro ouve o duende a saltar à volta de uma fogueira e a cantar. Existem muitas variações da canção, mas a mais conhecida é:
Rumpelstiltskin por Anne Anderson
hoje eu frito, amanhã eu cozinho!
Depois de amanhã será o filho da rainha!
Coisa boa é ninguém saber
Que o meu nome é Rumpelstiltskin!
Quando o duende foi ter com a Rainha no terceiro dia, ela revela o nome dele, Rumpelstiltskin, e ele perde o seu negócio. Na edição de 1812 dos Contos dos Irmãos Grimm, depois disto, Rumpelstiltskin foge zangado e nunca mais regressa. O final foi revisto numa edição de 1857 para uma versão mais macabra onde Rumpelstiltskin, cego de raiva, se divide em dois. Na versão oral dos Irmãos Grimm, o duende voa da janela numa panela.

Hänsel und Gretel (João e Maria)

Hänsel und Gretel (João e Maria no Brasil e Hansel e Gretel em Portugal) é um conto de fadas de tradição oral e que foi coletado pelos irmãos Grimm.

Enredo

Este conto relata a aventura dos irmãos Hansel e Gretel, filhos de um pobre lenhador, que em acordo com a mulher, decide largá-los na floresta porque a família não tem condições para os manter. No caminho pela floresta, Hansel e Gretel espalham migalhas de pão. As migalhas, que é o detalhe mais conhecido e característico da obra, acabam por ser comidas pelos pássaros e com isso Hansel e Gretel acabam perdidos na floresta.
Na tentativa de encontrar o caminho de volta, as crianças encontram uma casa feita de doces e, com fome, começam a comer as guloseimas. São então recolhidos pela dona da casa que se revela uma bruxa. Ela planeava engordar as crianças para depois comer a sua carne. Enquanto Hansel se alimentava e ia engordando, Gretel trabalhava na casa para depois ser a próxima.
Porém, espertas, as crianças descobrem o plano da bruxa e enganam-na atirando-a para dentro do próprio forno. Assim, livres, Hansel e Gretel são encontrados pelo pai, cuja mulher tinha morrido, e voltam para casa levando consigo provisões suficientes para o resto de suas vidas.

A Bela Adormecida (conto)

A Bela Adormecida é um clássico conto de fadas cuja personagem principal é uma princesa que é enfeitiçada para cair num sono profundo, até que um príncipe encantado a desperte com um beijo provindo de um amor verdadeiro.
A versão mais conhecida é a dos Irmãos Grimm, publicada em 1812, na obra Contos de Grimm, sob o título A Bela Adormecida (título originalDornröschen1 ) 2 . Esta é considerada que tem como base tanto na versão Sol, Lua e Talia de Giambattista Basile, extraído de Pentamerone, a primeira versão a ser publicada na data de 16343 , como na versão do escritor francês Charles Perrault publicada em 1697, no livro Contos da Mãe Ganso sob o título de A Bela Adormecida no Bosque4 , que por sua vez também se inspirou no conto de Basile.
O conto foi adaptado para o balé em 18905 por Tchaikovsky, cuja inspiração obteve no conto de Charles Perrault6 , e mais tarde para o cinema pelaDisney, em 19597 . Este filme de animação é uma adaptação tanto da versão de ballé de Tchaikovsky, como da de Charles Perrault8 . Em 2012 teve início uma nova produção sobre o conto, desta vez revelando a perspectiva da bruxa má, Malévola, intitulada Maleficent. Nesta produção a vilã será interpretada por Angelina Jolie e Elle Fanning fará o papel da Bela Adormecida. As gravações começaram em junho, e a estréia está marcada para 14 de março de 2014. O filme será dirigido por Robert Stromberg.
Sinopse:
Na festa do batismo da tão desejada princesa, foram convidadas 12 fadas e como madrinhas desta ofereceram-lhe presentes como: a beleza, o talento musical, a inteligência, entre outras bênçãos apreciadas. No entanto, uma velha fada que foi negligenciada, porque o rei apenas tinha doze pratos de ouro, interrompeu o evento e lançou-lhe como vingança feitiçaria cujo resultado seria, a morte pelo picar do dedo num fuso quando a princesa atingisse a idade adulta. Porém, restava o presente da 12ª fada. Assim sendo, esta suavizou a morte, transformando o maldição da fada malvada num sono profundo de cem anos, até ao dia em que seria despertada por um beijo proveniente de um amor verdadeiro.
O rei proibiu imediatamente qualquer tipo de fiação em todo o reino, mas em vão. Quando a princesa completou 16 anos, descobriu uma sala escondida num torre do castelo onde encontrou uma velha a fiar. Curiosa com o fuso pediu-lhe para a deixar fiar, picando-se nesse mesmo instante. Sentiu então o grande sono que lhe foi destinado e, ao adormecer, todas as criaturas presentes no castelo adormeceram juntamente, sob o novo feitiço da 12ª fada que tinha voltado. Com o passar do tempo, cresceu uma floresta de urzes em torno do castelo, isolando-o do mundo exterior e dando uma morte fatal e dolorosa por uma picada em espinhos, a quem tentasse entrar. Assim muitos príncipes morreram em busca da tal Bela Adormecida cuja beleza era tão falada nas redondezas.
Спящая царевна.jpg
Após cem anos decorridos, um príncipe corajoso enfrentou a floresta de espinhos, mesmo sabendo da morte de outros tantos, e conseguiu entrar no castelo. Quando encontrou a torre onde a princesa dormia, achou tão grande a sua beleza que ficou apaixonado e não resistindo à tentação deu-lhe um beijo que a despertou para a vida seguindo-se ao dela, o despertar de todos os habitantes do reino que continuaram onde haviam parado há cem anos. O príncipe e a Bela casaram-se secretamente e tiveram dois filhos: Aurora e Dia. Quando a mãe do príncipe (de descendência de ogres) soube disso ficou com vontade de comê-los, e ordenou a um caçador que os matasse e trouxesse, mas o caçador colocou animais no lugar onde deveria ter as crianças. A rainha, quando se apercebeu disso, enraivecida, mandou atirar as netas a um poço cheio de serpentes, cobras e víboras durante a ausência do príncipe, seu filho, que tinha ido caçar codornizes. Mas o príncipe chegou antes do tempo previsto, e a rainha, que já não podia fazer o planejado, cheia de ódio e medo ao filho, desequilibrou-se caindo dentro do poço onde morreu. A partir daí, a princesa Bela e o príncipe "viveram felizes para sempre"!

Capuchinho Vermelho

Chapeuzinho Vermelho (título no Brasil) ou Capuchinho Vermelho (título em Portugal) é um conto de fadas clássico, de origem europeia do século XIV. O nome do conto vem da protagonista, uma menina que usa um capuz vermelho. O conto sofreu inúmeras adaptações, mudanças e releituras modernas, tornando-se parte da cultura popular mundial, e uma das fábulas mais conhecidas de todos os tempos.
A história:
Uma garota conhecida como Chapeuzinho Vermelho, atravessa a floresta para entregar uma cesta de mel para sua avó a pedido de seu comandante chefe,mas a estrada a frente se bifurca entre um caminho longo e seguro e um caminho mais curto e perigoso. A menina toma o caminho curto, aonde é vista pelo lobo mau. Ele sugere que a menina volte e tome o caminho longo, por segurança. Chapeuzinho segue o conselho do lobo e volta atrás. Mas enquanto ela toma o caminho longo, o lobo segue pelo caminho curto, chega à casa da avó, e a devora completamente. Então, se veste com suas roupas e aguarda Chapeuzinho na cama da avó. Quando a menina chega, nota a aparência estranha de sua avó, e tem o famoso diálogo com o lobo:
—Porque esses olhos tão grandes? Então ela é respondida:
Ó minha querida, são para te enxergar melhor
Porque essas orelhas tão grandes?
São para te ouvir melhor.
E porque essa boca tão grande?
É para te comer!!!
Nesse momento, a "avó" (que era o lobo disfarçado), revela-se tentando devorar a Chapeuzinho, que grita assustada. Então, um caçador que passava por ali, ouve os gritos, e encontra o lobo dormindo na cama. O caçador então abre a barriga do lobo donde saem chapeuzinho e sua avó, ilesas.

Rapunzel

Rapunzel é uma princesa de um conto de fadas Alemão, dos Irmãos Grimm, publicado pela primeira vez em 1812 e compilado no livro Contos para a infância e para o lar. A história dos Irmãos Grimm é uma adaptação do conto de fadas Persinette escrito por Charlotte-Rose de Caumont de La Force e foi publicado originalmente em 1698.
Rapunzel é criada numa imensa torre, prisioneira do mundo, por uma bruxa malvada. O cabelo da menina nunca é cortado e é conservado como uma gigantesca trança. Um dia, um príncipe passando pelo local, ouve Rapunzel cantando, e decide salvá-la das garras da bruxa. Ao enfrentar a vilã, é castigado com uma cegueira total. Mas, no final da história, sua visão é recuperada pelas lágrimas da amada, e o casal se casa e conseguem o esperado final feliz.

A história

Um casal sem filhos mendigos que queria uma criança, vivia ao lado de um buraco murado que pertencia a uma velha. A esposa, no fim dagravidez, viu uma árvore com suculentos frutos no buraco, e o desejou obsessivamente, ao ponto da morte. Por duas noites, o marido saiu e invadiu o jardim da velha para recolher para a esposa, mas na terceira noite, enquanto escalava a parede para retornar para o buraco, a velha apareceu e acusou-o de furto.
O homem implorou por misericórdia, e a mulher velha concordou em absolvê-lo desde que a criança lhe fosse entregue ao nascer. Desesperado, o homem concordou; uma menina nasceu, e foi entregue à bruxa, que nomeou-a Rapunzel. O nome da planta que o marido roubou.
Quando Rapunzel alcançou doze anos, a bruxa trancou-a numa torre alta, sem portas ou escadas, com apenas um quarto no topo. Quando a bruxa queria subir a torre, mandava que Rapunzel estendesse suas tranças, e ela colocava seu cabelo num gancho de modo que a bruxa pudesse subir por ele.
Um dia, um príncipe que cavalgava no bosque próximo ouviu Rapunzel cantando na torre. Extasiado pela voz, foi procurar a menina, e encontrou a torre, mas nenhuma porta. Foi retornando frequentemente, escutando a menina cantar, e um dia viu uma visita da bruxa, assim aprendendo como subir a torre.
Rapunzel
Quando a bruxa foi embora, pediu que Rapunzel soltasse suas tranças e, ao subir, pediu-a em casamento. Rapunzel concordou. Juntos fizeram um plano: o príncipe viria cada noite (assim evitando a bruxa que a visitava pelo dia), e trar-lhe-ia seda, que Rapunzel teceria gradualmente em uma escada. Antes que o plano desse certo, porém, Rapunzel tolamente delatou o príncipe. Rapunzel pergunta inocentemente porque seu vestido estava começando a ficar apertado em torno de sua barriga, revelando tudo para a bruxa (que soube que Rapunzel estava grávida, o que significava que um homem se encontrara com ela). Em edições subseqüentes, Rapunzel perguntou distraidamente por que era tão mais fácil levantar o príncipe do que a bruxa.
Na raiva, a bruxa cortou cabelo de Rapunzel e lançou um feitiço, para que ela vivesse em um deserto. Quando o príncipe chegou naquela noite, a bruxa deixou as tranças caírem para transportá-lo para cima. O príncipe percebeu horrorizado que Rapunzel não estava mais ali; a bruxa disse que nunca mais a veria e empurrou-o até os espinhos de baixo, que o cegaram. Lá Durante meses ele vagueou através das terras infrutíferas do reino, e Rapunzel mais tarde deu à luz duas crianças gémeas. Um dia, ela estava bebendo água e começou a cantar com sua bela voz de sempre. O príncipe ouviu-a e encontrou-se com ela. As lágrimas de Rapunzel curaram a cegueira, e a família foi viver feliz para sempre no reino do príncipe.
Como nas outras histórias todas terminam com um final feliz.

Os Sete Corvos

Os Sete Corvos é um conto de fadas compilado no livro Contos para a infância e para o lar, dos Irmãos Grimm.

História

Um camponês tinha sete filhos e nenhuma filha até que, finalmente, uma filha nasceu, mas ela estava doente. Ele enviou seus filhos para ir buscar água para a menina - na versão em alemão, para ser batizado, no grego, a partir de uma fonte de cura - mas em sua pressa, deixou cair o cântaro no poço. Quando eles não retornaram, o pai pensou que tinha eles tinham começado a brincar e os amaldiçoou a transformarem-se em corvos. Subitamente ouviu uma revoada por sobre sua cabeça; eram sete corvos, seus filhos, que voavam ao longe. Os pais se arrependeram, mas era tarde demais para desfazer o encanto. Só lhes restara consolar-se com sua filha, que ao passar dos anos tornou-se forte e bonita. Durante muito tempo ela não soube da existência de seus irmãos, já que seus pais achavam melhor não lhe contar o que havia acontecido, porém um dia ouviu alguém falando a respeito dela, comentando sua beleza e atribuindo a ela a culpa da desgraça que havia ocorrido a seus sete irmãos. Os pais disseram a ela que o que havia ocorrido era um decreto do céu, e que seu nascimento não passava de uma ocasião para que este decreto se cumprisse. Apesar disto, a garota sentia-se culpada e pensava que era seu dever libertar seus irmãos e não descansaria até penetrar pelo amplo mundo, a fim de encontra-los. Quando partiu, nada levou além de um anel, como lembrança de seus pais, um pão para saciar sua fome, uma jarra de água contra a sede e uma cadeirinha para quando estivesse cansada. Foi andando e andando até chegar ao fim do mundo. Aproximou-se do sol, mas este era quente e terrível, e devorava criancinhas. Correu então até a lua, mas esta era fria demais, desanimada e seca. Quando a menina se pôs a olhá-la, a lua disse sentir cheiro de carne humana, assustando assim a pequena menina. Foi ter, então, com as estrelas, que eram bondosas e delicadas, tendo cada uma delas sua cadeira especial. A Estrela da Manhã levantou-se e lhe deu um ossinho, dizendo-lhe que sem ele não poderia abrir a Montanha de Vidro, e nesta Montanha é que estavam seus irmãos. A pequena recolheu o ossinho, envoltando-o em um lenço e se dirigiu a Montanha de Vidro. Chegando lá, descobriu que a porta estava trancada e resolveu usar o ossinho para abrí-la, mas ao abrir o lenço descobriu que o ossinho não estava mais lá; então pegou uma faca e cortou se dedo mindinho, e o colocou na fechadura, conseguindo, assim, abrí-la. Quando entrou, encontrou um anão que lhe perguntou o que estava procurando. Ela disse que estava procurando seus irmãos, os sete corvos; o anão disse que os sete corvos eram seus senhores e que não estavam em casa, mas se ela quisesse poderia esperar por eles lá, então ela esperou. Logo a seguir o anão trouxe o jantar dos corvos, servidos em sete pratinhos e sete copinhos; a irmã comeu uma migalha ou duas de cada pratinho e bebeu um golinho de cada copinho, mas deixou cair seu anel no último copinho. De repente, ouve-se um ruído de asas e gritos de pássaros no ar, pois os sete corvos estavam chegando. Quando começaram a comer e beber, notaram que faltavam goles e migalhas em seus copinhos e pratinhos, e se questionaram quanto a presença de uma boca humana. Quando o último corvo bebeu seu vinho, o anel lhe rolou na boca; ele examinou a joia e constatou que o anel pertencia a seus pais. Desejaram em nome de Deus que sua irmã estivesse lá, pois só assim seriam libertados. Ao ouvir isto, a irmã, que se escondera atrás da porta, apresentou-se, e neste momento todos os corvos recuperaram a forma humana. Então todos voltaram pra seu lar, aos beijos e abraços

sábado, 23 de novembro de 2013

Os Músicos de Bremen

Os músicos de Bremen (em alemãoDie Bremer Stadtmusikanten) é um conto escrito pelos Irmãos Grimm.

A história

Nesta história, um burro, um cão, um gato e um galo, maltratados pelos seus donos, abandonam-nos e decidem ir para Bremen, uma cidade onde conhecerão a liberdade.
No caminho para Bremen, vêem luz numa casa; espreitam dentro e vêem quatro ladrões desfrutando do produto de seu roubo. Apoiados nas costas uns dos outros, decidem cantar, na esperança de serem alimentados. A sua 'música' tem um efeito inesperado: os homens fogem, não sabendo a origem de tão estranho som. Os animais tomam posse da casa, comem uma boa refeição, e dormem.
Durante a noite, os ladrões regressam e um deles entra na casa para investigar. Ao ver os olhos do gato brilhando no escuro, pensa que sejam brasas e inclina-se para acender a sua vela. Numa rápida sucessão de acontecimentos, o gato arranha-lhe a cara, o burro dá-lhe um coice, o cão morde-lhe e o galo afugenta-o porta fora, cacarejando. O homem diz aos seus companheiros que foi atacado por monstros: uma bruxa horrível que o arranhou com as suas enormes unhas (o gato), um gigante que lhe deu uma paulada (o burro), um ogro que o arranha com uma faca (o cão) e, o pior de tudo, - um juiz que gritou em seu ouvido "Peguem esse patife"(o galo). Os ladrões abandonam a casa devido às estranhas criaturas que dela se apossaram, e os animais vivem felizes nela até ao final dos seus dias.

O Ganso de Ouro

O Ganso de Ouro (em alemãoDie goldene Gans) é uma fábula criada pelos Irmãos Grimm. O folclorista D.L. Ashliman apontou outras versões da história: A gansa dos ovos de ouro de Esopo, o pato de ouro (do Jataka com histórias das reencarnações anteriores de Buda) e o pássaro Huma (Pérsia)

História:

Há muito tempo, um homem muito velho (e muito pobre) perdeu sua esposa, e então viveu muito pobre e solitário, até que surgiu uma fada.
- Não temas, meu senhor. Vim aqui para ajudar-te.
Dito isto, ela agitou a sua varinha de condão em direção ao ganso do camponês e desde então, o ganso passou a botar vários ovos de ouro. Estando o camponês muito rico, ele pensou:
- Se o ganso só põe ovos de ouro, dentro dele deve haver milhares de ovos esperando para sair.
Convencido disto, ele pegou uma faca e matou o ganso. Infelizmente o ganso era inteiramente igual aos outros. Arrependido e desesperado, ele implorou que a fada retornasse, mas ela não voltou. E então o homem passou o resto de seus dias pobre e solitário de novo.
O Ganso de Ouro é uma história ficcional criada pelos irmãos Grimm (conto 64).

O Flautista de Hamelin

O Flautista de Hamelin é um conto folclórico, reescrito pela primeira vez pelos Irmãos Grimm e que narra um desastre incomum acontecido na cidade de Hamelin, na Alemanha, em 26 de junho de 1284.

A história

Em 1282, a cidade de Hamelin estava sofrendo com uma infestação de ratos. Um dia, chega à cidade um homem que reivindica ser um "caçador de ratos" dizendo ter a solução para o problema. Prometeram-lhe um bom pagamento em troca dos ratos - uma moeda pela cabeça de cada um. O homem aceitou o acordo, pegou uma flauta e hipnotizou os ratos, afogando-os no Rio Weser.
O flautista de Hamelin (ilustração de Kate Greenaway)
Apesar de obter sucesso, o povo da cidade abjurou a promessa feita e recusou-se a pagar o "caçador de ratos", afirmando que ele não havia apresentado as cabeças. O homem deixou a cidade, mas retornou várias semanas depois e, enquanto os habitantes estavam na igreja, tocou novamente sua flauta, atraindo desta vez as crianças de Hamelin. Cento e trinta meninos e meninas seguiram-no para fora da cidade, onde foram enfeitiçados e trancados em uma caverna. Na cidade, só ficaram opulentos habitantes e repletos celeiros e bem cheias despensas, protegidas por sólidas muralhas e um imenso manto de silêncio e tristeza.
E foi isso que se sucedeu há muitos, muitos anos, na deserta e vazia cidade de Hamelin, onde, por mais que se procure, nunca se encontra nem um rato, nem uma criança.

O Alfaiate Valente

Sobre: O Alfaiate Valente é um conto de fadas compilado no livro Contos para a infância e para o lar, dos Irmãos Grimm.
Enredo: Um alfaiate prepara-se para comer alguns doces, mas quando moscas decidem pousar sobre eles, ele mata sete delas com um golpe. Ele faz um faixa que descreve a ação: "matei sete de uma vez". Inspirado, ele sai pelo mundo para fazer fortuna. O alfaiate acaba conhecendo um gigante, que presume que "matei sete de uma vez" se refere a sete homens. O gigante desafia o alfaiate. Quando o gigante espreme a água de um rochedo, o alfaiate espreme a água (ou soro) de um queijo. O gigante atira uma pedra no ar e esta demora para cair. O alfaiate, para superar o feito do gigante, lança um pássaro que voa para longe, o gigante acredita que o pequeno pássaro é uma "pedra" que é jogada tão longe que nunca cai. O gigante pede que o alfaiate o ajude a carregar uma árvore. O alfaiate fala para o gigante carregar o tronco, enquanto que o alfaiate levaria os ramos. Em vez disso, o alfaiate sobe em cima da árvore, fazendo com o gigante o carregue também.
O gigante leva o alfaiate a sua casa, onde outros gigantes também vivem. Durante a noite, o gigante tenta matar o alfaiate. No entanto, o alfaiate, tendo achado sua cama muito grande, dorme no canto. Ao vê-lo ainda vivo, os outros gigantes fogem.

O Alfaiate Valente e o unicórnio
O alfaiate entra no serviço real, mas os outros soldados tem medo de que ele vai perder a paciência um dia, e com isso sete deles poderiam morrer a cada golpe. Eles se dirigem ao rei e pedem para o rei mandar o alfaiate embora, senão eles irão. Com medo de ser morto por mandá-lo embora, o rei envia o alfaiate para derrotar dois gigantes pipoqueiros, oferecendo-lhe metade de seu reino e a mão de sua filha em casamento. Atirando pedras contra os dois gigantes enquanto eles dormem, o alfaiate provoca o par em combates entre si. O rei, então, envia-o atrás de um unicórnio, mas o astuto alfaiate cria uma armadilha para prender o unicórnio numa árvore, de modo que quando o unicórnio vier atacá-lo, ele sairá da frente fazendo com que o unicórnio acerte seu chifre no tronco. O rei posteriormente envia-o atrás de um javali selvagem, mas novamente o alfaiate cria uma armadilha, prendendo o animal em uma capela.
Com isso, o rei casa o alfaiate com sua filha. Já casados, uma noite, a mulher do alfaiate ouve-o falar durante o sono e percebe que ele é apenas um alfaiate. Ela conta tudo a seu pai, e o rei promete que irá mandá-lo embora. Um escudeiro adverte o alfaiate, que finge estar dormindo e diz que fez todos os atos e não tem medo dos homens atrás da porta. Apavorados, eles saem, e o rei não tenta novamente mandá-lo embora.

Cinderela

Sobre : Cinderela é um dos contos de fadas mais populares da humanidade.
Sua origem tem diferentes versões. A versão mais conhecida é a do escritor francês Charles Perrault, de 1697, baseada num conto italiano popular chamado A Gata Borralheira. A mais antiga é originária da China, por volta de 860 a.C. .Existe tambem a dos Irmãos Grimm, semelhante à de Charles Perrault. Nesta, porém, não há a figura da fada-madrinha e quem favorece a realização do desejo de ir ao baile são os pombos e a árvore. Neste caso, Cinderela sabe palavras mágicas, usadas no imperativo, que auxiliam na transformação de seu pedido em realidade. No final, as irmãs malvadas ficam cegas ao terem seus olhos furados por pombos. Segundo outras versões a figura da fada madrinha na verdade é o espírito da falecida mãe da própria protagonista que trazia um vestido do céu para Cinderela usar no baile.
Psicanalistas vêem na história de Cinderela muito mais do que uma simples trama romântica. Por ter origem atemporal e ter surgido em várias civilizações diferentes, a trajetória da protagonista traduziria uma espécie de arquétipo fundamental, traduzindo o anseio natural da psiquê humana em ser reconhecida especial e levada a uma existência superior. A literatura e o cinema, cientes disso, utilizaram-se de seu arco dramático para o desenvolvimento de inúmeras outras obras de apelo popular. Além das animações de Walt Disney - que sempre buscaram inspiração nos contos de fadas - merece destaque o filme Uma linda mulher, protagonizado por Julia Roberts, e que foi sucesso de bilheteria nos anos 1990
A história: 
Cinderela era filha de um comerciante rico. .1 Depois que seu pai morreu , sua madrasta tomou conta da casa que era de Cinderela. Cinderela então, passou a viver com sua madrasta malvada, junto de suas duas filhas que tinham inveja da beleza de Cinderela e transformaram-na em uma serviçal. Ela tinha de fazer todos os serviços domésticos e ainda era alvo de deboches e malvadezas.1 Seu refúgio era o quarto no sótão da sua própria casa e seus únicos amigos: os animais da floresta. 1
Um belo dia, é anunciado que o Rei realizará um baile para que o príncipe escolha sua esposa dentre todas as moças do reino.1 No convite, distribuído a todos os cidadãos, havia o aviso de que todas as moças deveriam comparecer ao Baile promovido pelo Rei.1
A madrasta de Cinderela sabia que ela era a mais bonita da região, então disse que ela não poderia ir porque não tinha um vestido apropriado para a ocasião. Cinderela, então, costurou um vestido com a ajuda de seus amigos da floresta. Passarinhos, ratinhos e esquilos a ajudaram a fazer um vestido de retalhos, mas muito bonito. Porém, a madrasta não queria que Cinderela comparecesse ao baile de forma alguma, pois sua beleza impediria que o príncipe se interessasse por suas duas filhas. Sendo assim, ela e as filhas rasgaram o vestido, dizendo que não tinham autorizado Cinderela a usar os retalhos que estavam no lixo. Fizeram isso de última hora, para impedir que a moça tivesse tempo para costurar outro.
A fada madrinha aparece para Cinderela (ilustração de 1927)
Muito triste, Cinderela foi para seu quarto no sótão e ficou à janela, olhando para o Castelo na colina. Chorou, chorou e rezou muito. De suas orações e lágrimas, surgiu sua Fada-madrinha que confortou a moça e usou de sua mágica para criar um lindo vestido para Cinderela. Também surgiu uma linda carruagem e os amiguinhos da floresta foram transformados em humanos, cocheiro e ajudantes de Cinderela. Antes de sua afilhada sair, a Fada-madrinha lhe deu um aviso: a moça deveria chegar antes da meia-noite, ou toda a mágica iria se desfazer aos olhos de todos.
Cinderela chegou à festa como uma princesa. Estava tão bonita, que não foi reconhecida a não ser pela madrasta,que passou a noite inteira dizendo para as filhas que achava conhecer a moça de algum lugar, mas não conseguia dizer de onde. O príncipe, tão-logo a viu a convidou para dançar. Cinderela e o príncipe dançaram e dançaram a noite inteira. Conversaram e riram como duas almas gêmeas e logo se perceberam feitos um para o outro.
Acontece que a fada-madrinha tinha avisado que toda a magia só duraria até à meia-noite e um. Quando o relógio badalou as doze batidas e um minuto, Cinderela teve de sair correndo. Foi quando deixou um dos seus sapatinhos de cristal na escadaria. O príncipe, muito preocupado por não saber o nome da moça ou como reencontrá-la, pegou o pequeno sapatinho e saiu em sua busca no reino e em outras cidades. Muitas moças disseram ser a dona do sapatinho, mas o pé de nenhuma delas se encaixava no objeto.
Quando o príncipe bateu à porta da casa de Cinderela, a madrasta trancou a moça no sótão e deixou apenas que suas duas filhas experimentassem o sapatinho. Apesar das feiosas se esforçarem, nada do sapatinho de cristal servir. Foi quando um ajudante do príncipe viu que havia uma moça na janela do sótão da casa.
Sob as ordens do príncipe, a madrasta teve de deixar Cinderela descer. A moça então experimentou o sapatinho, mas antes mesmo que ele servisse em seus pés, o príncipe já tinha dentro do seu coração a certeza de que havia reencontrado o amor de sua vida. Cinderela e o príncipe se casaram em uma linda cerimônia, e anos depois se tornariam Rei e Rainha, famosos pelo bom coração e pelo enorme senso de justiça. Cinderela e o príncipe foram felizes para todo o sempre.

Branca de Neve

Resumo: Branca de Neve (em alemão Schneewittchen) é um conto de fadas originário da tradição oral alemã, que foi compilado pelos Irmãos Grimm e publicado entre os anos de 1812 e 1822, num livro com vários outras fábulas, intitulado "Kinder-und Hausmaërchen" ("Contos de Fada para Crianças e Adultos").
O Clássico:
O conto Branca de Neve, na versão dos irmãos Grimm, guarda algumas diferenças das muitas versões que se popularizaram antes e após a compilação feita por eles em seu livro.
No início da história contada pelos Grimm, uma rainha costurava, no inverno, ao lado de uma janela negra como o ébano. Ao lançar o olhar para a neve, picou o dedo com a agulha, e três gotas de sangue pingaram sobre a neve, o que a deixou admirada e a fez pensar que, se tivesse uma filha, gostaria que fosse "alva como a neve, rubra como o sangue e com os cabelos negros como o ébano da janela".
Não tardou, e a rainha teve uma filha de descrições idênticas ao seu pedido: branca como a neve, com os cabelos negros como o ébano e os lábios vermelhos como o sangue. Mas, tão logo sua filha veio ao mundo, a rainha morreu. O pai deu à filha o nome de Branca de Neve, e logo tornou a casar com uma mulher arrogante, esnobe e vaidosa, possuidora de um espelho mágico que só falava a verdade.
A rainha consultava seu espelho, perguntando quem era a mais bela do mundo, ao que ele sempre respondia: "Senhora Rainha, vós sois a mais bela". Quando Branca de Neve fez dezessete anos, e um dia a madrasta perguntou: "Quem é a mais bela de todas?", e o espelho não tardou a dizer: "Você é bela, rainha, isso é verdade, mas Branca de Neve possui mais beleza."
Cheia de inveja, a Rainha contratou um caçador e ordenou que ele matasse Branca de Neve e lhe trouxesse seu coração como prova, na esperança de voltar a ser a mais bela. O caçador ficou inseguro, mas aceitou o trabalho. Pronto para matar a bela princesa, o caçador desistiu ao ver que ela era a menina mais bela que já havia encontrado, e rapidamente a mandou fugir e se esconder na floresta; para enganar a rainha, entregou a ela o coração de um jovem veado. A rainha assou o coração e o comeu, acreditando ser de Branca de Neve mas, ao consultar o espelho mágico, ele continuou a dizer que Branca de Neve era a mais bela.
Branca de Neve fugiu pela floresta, até encontrar uma casinha e, ao entrar, descobriu que lá moravam sete anões. Como era muito gentil, limpou toda a casa e, cansada pelo esforço que fez, adormeceu na cama dos anões. À noite, ao chegarem, os anões levaram um susto, mas logo se acalmaram ao perceber que era apenas uma bela moça, e que a mesma tinha arrumado toda a casa. Como agradecimento, eles cederam sua casa como esconderijo para Branca de Neve, com a condição de ela continuar deixando-a tão limpa e agradável.
A rainha não tardou a descobrir o esconderijo de Branca de Neve e resolveu matá-la; disfarçada em mascate, foi até a casa dos anõezinhos. Chegando lá, ofereceu um laço de fita a Branca de Neve, que aceitou. A rainha ofereceu ajuda para amarrar o laço em volta da cintura de Branca de Neve e, ao fazê-lo, apertou-o com tanta força que Branca de Neve desmaiou. Quando os anões chegaram e viram Branca de Neve sufocada pelo laço de fita, rapidamente o cortaram e ela voltou a respirar.
A rainha novamente descobriu que Branca de Neve não estava morta, e voltou a se disfarçar, mas desta vez como uma velha senhora que vendia escovas de cabelo, na verdade envenenadas. Ao dar a primeira escovada, Branca de Neve caiu no chão, desmaiada. Quando os anões chegaram e a viram, rapidamente retiraram a escova de seus cabelos e ela acordou.
A rainha, já enlouquecida de fúria, decidiu usar outro método: uma maçã enfeitiçada. Dessa vez, disfarçou-se de fazendeira e ofereceu uma maçã; Branca de Neve ficou em dúvida, mas a Rainha cortou a maçã ao meio e comeu a parte que não estava enfeitiçada, e Branca de Neve aceitou e comeu o outro pedaço, enfeitiçado. A maçã engasgou na garganta de Branca de Neve, que ficou sem ar. Quando os anões chegaram e viram Branca de Neve desacordada, tentaram ajudá-la, mas não sabiam o que causara tudo aquilo, e pensaram que ela estava morta. Por achá-la tão linda, os anões não tiveram coragem de enterrá-la, e a puseram em um caixão de vidro.
Certo dia, um príncipe que andava pelas redondezas avistou o caixão de vidro, e dentro a bela donzela. Ficou tão apaixonado, que perguntou aos anões se podia levá-la para seu castelo, ao que eles aceitaram e os servos do príncipe a colocaram na carruagem. No caminho, a carruagem tropeçou, e o pedaço de maçã que estava na garganta de Branca de Neve saiu, e ela pôde novamente respirar, abriu os olhos e levantou a tampa do caixão.
O príncipe a pediu em casamento, e convidou para a festa a rainha má, que compareceu, morrendo de inveja. Como castigo, ao sair do palácio, acabou tropeçando num par de botas de ferro que estavam aquecidas. As botas fixaram-se na rainha e a obrigaram a dançar; ela dançou e dançou até, finalmente, cair morta.